09 outubro 2006

O começo e o fim de nossas escolhas


Nós somos seres que possuem livre-arbítrio. Sim, nós o possuímos. Em qualquer circunstância, ela está a nossa disposição, mesmo em que a situação que falo inclua uma arma em sua cabeça, afinal morrer poderá ser também uma saída.
Centenas de presos políticos preferiram a dor, ao pau de arara, aos choques em partes íntimas do corpo, na época da repressão no Brasil, a delatar seus companheiros. Uma opção, não é mesmo?
Na vida precisamos aprender a fazer escolhas. A bíblia diz que existem dois caminhos - um estreito e outro largo (MT 7.13,14). Ela fala sobre escolher entre as trevas e a luz (MT 6.23, ou seja o tempo todo somos instigados a fazermos uma opção na vida. Sempre há, é uma oportunidade que nunca cessará.
A pergunta de agora é: por que frequentemente escolhemos errado? ou por que frequentemente somos conduzidos por nós mesmos aos caminhos equivocados da vida?
Penso em duas coisas, importantes:
Primeiro - precisamos avaliar o começo de nossas escolhas. Tudo tem um início, e não podemos mentir para nós mesmos. O desejo que bate a nossa porta, o convite que chega a nossa janela e a facilidade que se avista diante de nós, nunca vem travestido de mal, mas antes, vem fantasiado de alegria, de prazer, de sucesso e de poder. O mal é que geralmente somos néscios na avaliação das propostas que batem à nossa porta, e quando menos percebemos enveredamos por elas, sem medir consequências.
Segundo - não avaliamos o fim de nossas escolhas. Não pensamos onde iremos chegar, o que iremos fazer com aquilo que conquistamos e simplesmente, se "o caminho parece que é bom, nos levará a vida ou a morte." Quando não enxergamos um palmo a frente de nosso nariz, quando não distinguimos "A" de "B", precisamos parar, porque o fim, embora não vejamos, pode-se facilmente imaginar.
O que fazer então diante das milhares de propostas diárias que chegam a caixa postal de nosso coração?
1. precisamos aprender a dizer não, antes que o não seja quase impossível de dizer;
2. precisamos ser "fracos", admitir, para Ele (DEUS), seja a nossa força.
3. precisamos não dar o primeiro passo em direção ao erro, seja ele de que natureza for;
4. precisamos crer em nossa humanidade, ela sempre nos trairá, e precisamos crer na divindade do Cristo, que sempre nos susterá;
5. precisamos detestar o mal, não apenas por semântica, mas por prática, pois nada que que não venha dos céus, de fato vai nos abençoar.
Nossas escolhas possuem começo e fim, cabe a nós administrá-las, para que "a nossa paz seja como um rio e nossa retidão como as ondas do mar". (Is. 48.18).
Um beijao a todos e paz e graça.
Pr.Wellison M. Paula

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