Como somos complexos. COmo somos antagônicos. Não sei se todos são, na verdade, sei o quanto eu sou complexo, complicado, antagônico.
Sou capaz de rir e chorar sobre situações iguais. Sou capaz de gostar e não gostar das mesmas coisas.
Me impressiona o quanto posso ser amado por tantos, e odiado por alguns. Como é possível alguém olhar para você e desejar andar do seu lado, enquanto outros não querem ouvir o seu nome?
O antagonismo se alastra em mim. A felicidade toma conta um dia, e sem dificuldade posso lembrar das coisas que me causam tristeza.
Não me envergonho dos meus antagonismos, eles me limitam, me põem no chão. Me fazem dependentes de Deus.
Exatamente este antagonismo que me faz enxergar homem é capaz de me fazer sentir um super-herói, portanto, a sua existência é que evita que um dia eu pule de um prédio, achando que posso voar.
O antagonismo nosso de cada dia é incapaz de ser coerente. É capaz apenas de ser um verbo "to be" , ou seja, ser e estar.
Mas nào me desespero. Olho para Jesus e vejo que ele era seguido por uma multidão. Alguns queriam abracá-lo, tocá-lo, enquanto outros desejam matá-lo. Jesus vivia o antagonismo de ser santo para alguns e filho de Belzebú para outros.
E o que falar de Paulo? Amado em Filipos, odiado em Tessalônica. Amado por Lucas, destratado e abandonado por Alexandre, o latoeiro. Mas também, Paulo vivia o ápice do antagonismo, que o permitiu "fazer o que não queria, e deixar de fazer o que devia".
Meus antagonismos continuam, enquanto continua minha jornada nesta terra. Contudo, desejo profundamente que Deus continue cuidando, para que eu consiga ser coerente com a minha fé, com a minha chamada e com o amor que tenho por Ele.
Você, contudo pode gostar ou não do que sou, ou do que escrevi. A bem da verdade, sempre existirão os que acham o máximo o que eu digo, enquanto outros não acham a menor graça...ponham na conta desse tal de antagonismo.