11 janeiro 2009

O que menos precisamos é de religiosidade fria e engessada!

A religião povoa a mente humana há muito tempo. A sociedade precisa dela para viver e organizar-se. Em tempos antigos e remotos, as pessoas se associam em interesses religiosos para compartilhar algum tipo de demostração de fé.
A religião, por si só, tem autenticado atitudes frenéticas e insanas ao longo da história. Milhares de guerras registradas foram alimentadas pela crença num ser divino.
Há mais de vinte anos penso dentro de um contexto religioso. Foi na Igreja (protestante), que vivi a minha adolescência, juventude e agora, a fase adulta. Vi, revi e convivi com bastante gente que entendia o que lia nas Escrituras, mas era incapaz de traduzir em gestos o que lia.
Com isso, fui me convencendo, cada vez mais, de que precisamos muito pouco dessa religião, seja ela qual for. O que precisamos de fato é desenvolver uma capacidade de pensar a vida cristã, com a mente do Cristo.
Neste sentido, desfazer-se de tudo que nos prende, nos escraviza e tole é condição essencial.
Abrir os olhos e enxergar a vida do lado de fora das quatro paredes da religião, também é uma boa medida. Afinal de contas, nos escravizamos num templismo exacerbado e crônico. Veja se não é assim? Queremos que tudo se reduza ao templo. Gastamos milhões no conforto do templo, enquanto milhões de afegãos morrem e outros tantos em Ruanda, são esquecidos. Gostamos do templo porque ele nos abriga. Nos abriga e nos obriga a ficar longe da realidade que nos cerca.
Quão difícil será cumprir o IDE de Jesus, enquanto torcemos para que todos apenas escutem e cumpram o VINDE. Contudo, o VINDE não é a nós, mas ao Cristo, enquanto o IDE é para nós, e não para o Cristo.
Precisamos abrir mão do que nos impressiona, para vivermos aquilo que impressiona, de fato, o coração de Deus.
Chega de tratar a Igreja como uma empresa privada, e a membresia como meta a ser alcançada. A religiosidade chegou a um tempo em que esvaziou o púlpito com palavras que apenas agradam, ao invés de mudar a vida dos que ouvem. A religiosidade tenta sepultar os sonhos mais singelos de se viver a fé, à luz da Palavra viva e abençoada de Deus.
Além disso, a religiosidade transformou a Igreja num clube para alguns, numa firma para outros, num rotary para um grupo e numa comunidade fria e engessada para muita gente.
Eu quero convidar você a experimentar a vida cristã, baseada na vida simples, pura e meiga de Jesus. Uma vida cristã baseada num ministério alternativo, aberto e sério do Nazareno. Uma vida cristã sem gesso, sem gelo, só com graça...de todas as formas que você puder compreender esta palavra.

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