O Brasil ficou chocado e por duas vezes, primeiro por descobrir que pessoas tão doentes ainda passeiam pelas casas, lares e parques infantis da vida. Isso aconteceu quando abrimos os jornais e vimos uma menina de 9 anos de idade ser estuprada e ficar grávida. A gravidez geraria morte. Segundo, chocou também, porque a menina estuprada e grávida, aos 9 anos, foi submetida a um aborto, decisão que contou com a anuência da equipe médica e dos pais da vítima. Entra em cena o arcebispo. Ele excomunga a todos que participaram do pecado capital, gerando revoltas e manifestações em todo o mundo.
Diante de tudo isso, me guardo a pensar não sobre o aborto em si, nem sobre o estupro, porque os dois mundos são, de formas diferentes, terríveis e diabólicos.
Mas me reservo a pensar na estupidez e rigidez da religião. Como os religiosos são, muitas vezes, patéticos. Como eles perdem a oportunidade de ficar calados.
A religião é cega, não tem misericórdia, e por vezes, não possui discernimento. A religião, representada por seus líderes, é tosca e obtusa ao quadrado.
"Excomungo os que aceitaram o aborto, mas não posso fazer o mesmo com quem praticou o estupro". Por quê? Porque a religião vê leis e verdades absolutas. Não consegue experimentar misericórdia, não consegue enxergar a graça das situações diversas da vida.
A religião é estúpida, principalmente quando troca o ser humano por um punhado de regras, encíclicas e manuais, muitas vezes impossíveis de serem cumpridos.
Ao meu ver Jesus teria feito a cirurgia. Ao meu ver também, ele perdoaria o estuprador, mas diria a ele as consequências inevitáveis do seu grotesco pecado.
Ao Arcebisto, diria Ele: "você precisa nascer de novo!"
Ao Arcebisto, diria Ele: "você precisa nascer de novo!"
Um comentário:
Se Jesus faria a cirurgia, não sei. Mas entendo que Ele tem amor e perdão para todos. Mas certamente, só nascendo de novo é possível se ter essa compreensão.
Que Deus nos abençoe a todos!
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