Esta é uma pergunta interessante. O que a igreja evangélica vive hoje que Deus, em sua infinita sabedoria detestaria?
Penso em algumas situações, e antes que alguns de plantão que lêem o blog, mas não se manifestam achem que não gosto da igreja, quero dizer que gosto sim, amo, mas tenho sérias críticas ao modelo evangélico que muitos gostam.
Será que gostar da igreja é fechar os olhos para os modelos que vemos por aí? Será que tudo que tenho falado aqui, não é o retrato que milhões de pessoas convivem todos os dias, mas apenas poucos tem coragem de encarar sobriamente a verdade?
Devo dizer que sim. Isso acontece todos os dias até dentro de nossas casas. Vemos aquilo que não está exatamente como desejamos, mas preferimos fingir que não estamos vendo para não nos desgatarmos.
Na igreja acontece o mesmo. Acontece sim, e veja se não é verdade?
- ainda existem pessoas que gostam mais de fazer, do que de ser - Todos sabem que não somos salvos pelas obras. Todos sabem que elas não nos levam ao céu, mas nos levam próximos de quem manda. Na igreja existem pessoas que fazem as coisas para os outros, para si mesmo, menos para Deus. Demorei a entender porque um dia Jesus dirá "nao vos conheço" para aqueles fizeram "tanto". Fizeram para si mesmos.
- ainda existem pessoas dentro da igreja que "amam" apenas citando cânticos, mas não amam citando a própria vida - O amor, como diz o Dercinei, não ama se, ama apesar de. São muitos os abraços nos cultos, são muitas as "bençãos ministradas", mas são poucas as afeições demonstradas profundamente. A igreja evangélica é uma comunidade de pessoas comum, que amam de forma comum, que abraçam de forma comum e que perdoam de forma comum. O que é incomum é tão incomum que quase não se vê.
- ainda existem pessoas dentro da igreja que gostam apenas de um culto de adoração, mas não gostam da adoração de todos os dias - infelizmente a igreja disseminou que o "domingo" é o grande dia da adoração. As pessoas vão aos cultos com a responsabilidade de 'adorar' e fazem tudo durante o domingo. Trabalham, acordam cedo para a escola dominical, correm para o culto, participam do ensaio ou do evangelismo a tarde, dos encontros extras e por fim do culto noturno. Toda essa correria no dia da "adoração" termina com pessoas vazias, sem conseguir ouvir Deus falar e...cansadas, muito cansadas.
- ainda existem pessoas que transformaram a igreja num grande clube de encontros - que lugar melhor para encontrar pessoas? Não fumam, não bebem, não jogam, não tem vicios aparentes. Infelizmente a Igreja do Senhor não pode ser apenas um lugar para encontros. A igreja do Senhor é uma comunidade terapêutica, onde pessoas precisam ser restauradas, em toda a plenitude.
Por amor a Igreja penso em três coisas que precisam, necessáriamente, acontecer a ela:
1) restaurar a função sacerdotal de cada crente. Conduzi-lo a uma adoração verdadeira, a uma comunhão plena que procure o centro do coração de Deus.
2) restaurar o sentido da comunhão entre os irmãos. Não podemos viver debaixo de "músicas emotivas" para abraços e afagos que só duram até o culto e que se estende até a perfeição de nossos gestos.
3) restaurar a visão espiritual da igreja e responsabilidade de cada crente. Não nascemos para viver longe de Deus, nem longe dos irmãos e nem mesmo de nossa missão. A igreja nasceu para transformar o mundo.
Penso nisso. Pense e comente também.
Paz e Graça
Penso em algumas situações, e antes que alguns de plantão que lêem o blog, mas não se manifestam achem que não gosto da igreja, quero dizer que gosto sim, amo, mas tenho sérias críticas ao modelo evangélico que muitos gostam.
Será que gostar da igreja é fechar os olhos para os modelos que vemos por aí? Será que tudo que tenho falado aqui, não é o retrato que milhões de pessoas convivem todos os dias, mas apenas poucos tem coragem de encarar sobriamente a verdade?
Devo dizer que sim. Isso acontece todos os dias até dentro de nossas casas. Vemos aquilo que não está exatamente como desejamos, mas preferimos fingir que não estamos vendo para não nos desgatarmos.
Na igreja acontece o mesmo. Acontece sim, e veja se não é verdade?
- ainda existem pessoas que gostam mais de fazer, do que de ser - Todos sabem que não somos salvos pelas obras. Todos sabem que elas não nos levam ao céu, mas nos levam próximos de quem manda. Na igreja existem pessoas que fazem as coisas para os outros, para si mesmo, menos para Deus. Demorei a entender porque um dia Jesus dirá "nao vos conheço" para aqueles fizeram "tanto". Fizeram para si mesmos.
- ainda existem pessoas dentro da igreja que "amam" apenas citando cânticos, mas não amam citando a própria vida - O amor, como diz o Dercinei, não ama se, ama apesar de. São muitos os abraços nos cultos, são muitas as "bençãos ministradas", mas são poucas as afeições demonstradas profundamente. A igreja evangélica é uma comunidade de pessoas comum, que amam de forma comum, que abraçam de forma comum e que perdoam de forma comum. O que é incomum é tão incomum que quase não se vê.
- ainda existem pessoas dentro da igreja que gostam apenas de um culto de adoração, mas não gostam da adoração de todos os dias - infelizmente a igreja disseminou que o "domingo" é o grande dia da adoração. As pessoas vão aos cultos com a responsabilidade de 'adorar' e fazem tudo durante o domingo. Trabalham, acordam cedo para a escola dominical, correm para o culto, participam do ensaio ou do evangelismo a tarde, dos encontros extras e por fim do culto noturno. Toda essa correria no dia da "adoração" termina com pessoas vazias, sem conseguir ouvir Deus falar e...cansadas, muito cansadas.
- ainda existem pessoas que transformaram a igreja num grande clube de encontros - que lugar melhor para encontrar pessoas? Não fumam, não bebem, não jogam, não tem vicios aparentes. Infelizmente a Igreja do Senhor não pode ser apenas um lugar para encontros. A igreja do Senhor é uma comunidade terapêutica, onde pessoas precisam ser restauradas, em toda a plenitude.
Por amor a Igreja penso em três coisas que precisam, necessáriamente, acontecer a ela:
1) restaurar a função sacerdotal de cada crente. Conduzi-lo a uma adoração verdadeira, a uma comunhão plena que procure o centro do coração de Deus.
2) restaurar o sentido da comunhão entre os irmãos. Não podemos viver debaixo de "músicas emotivas" para abraços e afagos que só duram até o culto e que se estende até a perfeição de nossos gestos.
3) restaurar a visão espiritual da igreja e responsabilidade de cada crente. Não nascemos para viver longe de Deus, nem longe dos irmãos e nem mesmo de nossa missão. A igreja nasceu para transformar o mundo.
Penso nisso. Pense e comente também.
Paz e Graça