Já há muito penso que a igreja evangélica como um todo tem trocado alguns de seus valores espirituais por motivos religiosos. Não são poucas as vezes que trocados o essencial pelo efêmero. Já são longos os anos em que o espiritual se perdeu em detrimento do material, e ainda o culto de adoração, de todos os dias, foi mudado para símbolos de nossos rituais.
O pior dessa mudança "para pior", é que além de uma teologia fragilizada por mensagens que parecem mais palestras de auto-ajuda, os símbolos ganharam força em nome de Deus, e tudo que muita gente exige como sendo espiritual, nada mais é do que pensamentos humanos, e religiosos, vamos a eles. Pense comigo e depois comente se concorda ou não.
- "Devemos usar a melhor roupa para irmos à casa de Deus" - usamos a melhor roupa para irmos a casa de Deus, quando é domingo a noite. Porque na quarta-feira, no domingo pela manhã ou em qualquer outro dia, esse zelo se perde. As pessoas usam a "melhor" roupa, para Deus, desde que seja na verdade na noite do melhor encontro da Igreja, porque nos outros dias esse conceito não é levado tão a sério assim.
- "Nós servimos a Deus por amor, não estamos de olho em cargos" - Essa é uma outra falácia. A relação que muitas pessoas tem dentro da Igreja em relação aos dons espirituais, é uma demarcação de poder. As vezes, queremos "servir" mas agimos sem amor, sem cuidado com as palavras, sem misericórdia. Dons, muitas vezes, estão relacionados ao "poder" ou "status" que podem dar às pessoas. Pergunte a si mesmo, se nunca viu aquele irmão da portaria tratar mal alguém, ou ainda, o "líder" do estacionamento que 'exige" que tudo saia do seu jeito, já que ele é o grande "responsável" por tudo aquilo ali. Ou seja, os dons na igreja não estão relacionados ao amor, em algumas situações estão relacionados ao poder que demonstram. Não são os dons dos servos, são os dons dos donos.
- O "domingo é o dia do Senhor" - nada mais romano. Os cristãos acordam às 6 ou 7 da manhã, quando têm filhos. Se arrumam, vão a escola dominical, participam do culto, de alguma reunião ou ensaio, correm para casa, almoçam, "descansam" e retornam para o curso a tarde, visita ou evangelismo. Voltam para o templo para reuniões, encontros, depois vão para o culto. A reunião noturna termina às 20 ou 21 horas, conversam, vão a cantina, e depois chegam em casa...exaustos. Durante todo o dia fizeram "a obra" de Deus, mas reteram muito, muito pouco de Deus. Trocamos a comunhão com Ele de todos os dias por um dia estafante que acreditamos ser Dele, como se Dele não fossem todas as coisas, e todos os dias.
- "Nós somos um hospital" - A igreja deveria ser uma comunidade terapêutica. Ser instrumento para curar pessoas. Como afirma o Pr.Dercinei Figueiredo "na verdade, gostaríamos que nossa igreja, ao invés de nos adoecer ou de adoecer por nossa causa..." ou seja, ela só é hospital para os novos doentes. A igreja não consegue ser hospital para todos, em todo o tempo. Numa comunidade de muitos, poucos são realmente atendidos. Além disso os evangélicos tem seu próprio padrão de amor, de misericórdia e de graça, que ainda não amadureceu para seguir o padrão de Jesus. A igreja evangélica não colocaria suas ovelhas para serem apascentadas por um Pedro, que acabou de negar, de fugir e de trair. Esse padrão é apenas de Jesus, e nós só vamos onde queremos e desejamos, e não onde de fato devemos ir.
- "Há um avivamento acontecendo" - onde? trocamos pessoas por números, trocamos santidade por bênçãos. Deus não nos chamou para sermos nem muitos, nem fartos. De fato Ele nos chamou para sermos santos e diferenciados. O avivamento que muitos apregoam por aí tem a ver com sinais, prodígios e uma prosperidade de poucos. A história dos avivamentos conta que ele acontece diante de um quebrantamento pessoal e uma transformação histórica. Não vemos nem quebrantamento visível, nem transformação do "status quo" da sociedade.
Avivamento dos evangélicos têm muito mais a ver com pirotecnia religiosa, do que com massificação missionária e santificação necessária. Avivamento muda, as coisas, as pessoas e a igreja. Quando este "avivamento" que vemos por aí, embeleza templos, gera publicidade, e número de adeptos, ela pode ser uma armadilha, e bom tomar cuidado.
Vou parar por aqui. Existem outros símbolos, signos, totens que os evangélicos tem usado em nome de Deus, para justificar suas ações "espirituais". Acho que ser Igreja assim não tem graça, já que a graça de ser Igreja de Jesus é viver na dimensão da sua graça e com os valores reais que dela advém.
Paz e Graça
Wellison M. Paula
O pior dessa mudança "para pior", é que além de uma teologia fragilizada por mensagens que parecem mais palestras de auto-ajuda, os símbolos ganharam força em nome de Deus, e tudo que muita gente exige como sendo espiritual, nada mais é do que pensamentos humanos, e religiosos, vamos a eles. Pense comigo e depois comente se concorda ou não.
- "Devemos usar a melhor roupa para irmos à casa de Deus" - usamos a melhor roupa para irmos a casa de Deus, quando é domingo a noite. Porque na quarta-feira, no domingo pela manhã ou em qualquer outro dia, esse zelo se perde. As pessoas usam a "melhor" roupa, para Deus, desde que seja na verdade na noite do melhor encontro da Igreja, porque nos outros dias esse conceito não é levado tão a sério assim.
- "Nós servimos a Deus por amor, não estamos de olho em cargos" - Essa é uma outra falácia. A relação que muitas pessoas tem dentro da Igreja em relação aos dons espirituais, é uma demarcação de poder. As vezes, queremos "servir" mas agimos sem amor, sem cuidado com as palavras, sem misericórdia. Dons, muitas vezes, estão relacionados ao "poder" ou "status" que podem dar às pessoas. Pergunte a si mesmo, se nunca viu aquele irmão da portaria tratar mal alguém, ou ainda, o "líder" do estacionamento que 'exige" que tudo saia do seu jeito, já que ele é o grande "responsável" por tudo aquilo ali. Ou seja, os dons na igreja não estão relacionados ao amor, em algumas situações estão relacionados ao poder que demonstram. Não são os dons dos servos, são os dons dos donos.
- O "domingo é o dia do Senhor" - nada mais romano. Os cristãos acordam às 6 ou 7 da manhã, quando têm filhos. Se arrumam, vão a escola dominical, participam do culto, de alguma reunião ou ensaio, correm para casa, almoçam, "descansam" e retornam para o curso a tarde, visita ou evangelismo. Voltam para o templo para reuniões, encontros, depois vão para o culto. A reunião noturna termina às 20 ou 21 horas, conversam, vão a cantina, e depois chegam em casa...exaustos. Durante todo o dia fizeram "a obra" de Deus, mas reteram muito, muito pouco de Deus. Trocamos a comunhão com Ele de todos os dias por um dia estafante que acreditamos ser Dele, como se Dele não fossem todas as coisas, e todos os dias.
- "Nós somos um hospital" - A igreja deveria ser uma comunidade terapêutica. Ser instrumento para curar pessoas. Como afirma o Pr.Dercinei Figueiredo "na verdade, gostaríamos que nossa igreja, ao invés de nos adoecer ou de adoecer por nossa causa..." ou seja, ela só é hospital para os novos doentes. A igreja não consegue ser hospital para todos, em todo o tempo. Numa comunidade de muitos, poucos são realmente atendidos. Além disso os evangélicos tem seu próprio padrão de amor, de misericórdia e de graça, que ainda não amadureceu para seguir o padrão de Jesus. A igreja evangélica não colocaria suas ovelhas para serem apascentadas por um Pedro, que acabou de negar, de fugir e de trair. Esse padrão é apenas de Jesus, e nós só vamos onde queremos e desejamos, e não onde de fato devemos ir.
- "Há um avivamento acontecendo" - onde? trocamos pessoas por números, trocamos santidade por bênçãos. Deus não nos chamou para sermos nem muitos, nem fartos. De fato Ele nos chamou para sermos santos e diferenciados. O avivamento que muitos apregoam por aí tem a ver com sinais, prodígios e uma prosperidade de poucos. A história dos avivamentos conta que ele acontece diante de um quebrantamento pessoal e uma transformação histórica. Não vemos nem quebrantamento visível, nem transformação do "status quo" da sociedade.
Avivamento dos evangélicos têm muito mais a ver com pirotecnia religiosa, do que com massificação missionária e santificação necessária. Avivamento muda, as coisas, as pessoas e a igreja. Quando este "avivamento" que vemos por aí, embeleza templos, gera publicidade, e número de adeptos, ela pode ser uma armadilha, e bom tomar cuidado.
Vou parar por aqui. Existem outros símbolos, signos, totens que os evangélicos tem usado em nome de Deus, para justificar suas ações "espirituais". Acho que ser Igreja assim não tem graça, já que a graça de ser Igreja de Jesus é viver na dimensão da sua graça e com os valores reais que dela advém.
Paz e Graça
Wellison M. Paula
3 comentários:
É incrivel como temos uma visão parecida do Reino, mas as x qd falamos sobre essas coisas com um grupo grande como aqui por exemplo, podemos ser taxados como rebeldes ou como pessoas que , veja q engraçado "não tem visão", espero que vc não passe por isso, mas q bom que não sou a única a ter essa idéia, bjão p vc e continue nessa força!
Assim como minha amiga fico inpressionada em como pensamos da mesma forma.
Em alguns momentos acho que deveria ter coragem de expressar minhas opiniões de forma enfatica. è claro que isso vc faz como ninguém.
Espero que vc nunca mude sua visão.
Bjsss
Engrosso o coro com as irmãs, eu passei por uma situação essa semana em questão de nos arrumarmos para o "encontro com Deus",por motivo de trabalho não poderia ir p/ o culto a noite, então fui pela manhã, vesti o meu melhor e o que chamou a minha atenção foi o fato de eu estar chamando a atenção.Aí que eu percebi que os irmãos não se vestem da mesma forma no culto da manhã, como se vestem no culto da noite.Concordo com vc pastor.Um abraço.
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