12 maio 2009

A Igreja e seu papel no mundo

Outro dia fui a um programa de TV onde o debate era: A igreja hoje em dia cumpre o seu papel? Alguns afirmaram lá que sim, eu afirmei que não.
Bem, estavam comigo um pastor e professor, um cantor gospel, e eu.
Para alguns dos meus colegas debatedores, a igreja cumpre sua missão porque em lugares distantes ela está. A igreja cumpre sua missão porque cresce, e por fim o argumento mortal, letal e enganoso é de que a " igreja gloriosa, sempre vai cumprir a missão de Deus".
Bem, argumentos mais frágeis do que esses estou por ver. Primeiro, porque a Igreja "gloriosa" como este irmão vê, ninguém vê. Ninguém conhece a " Igreja Gloriosa". Ela é na verdade título, ela é teologia, mas não é visível.
Esta por certa cumpre a missão, esta por certo será arrebatada e esta por certo é a certa.
Contudo, quando falamos se a igreja está ou não cumprindo sua missão, estamos de fato tentando refletir um pouco sobre a comunidade que vemos, que sabemos, que sentimos e que frequentamos.
Esta, a meu ver, não cumpre sua missão. Chatei-se quem desejar, mas que não cumpre, não cumpre.
"Eu conheço cristãos saudáveis e apaixonados por Deus", você pode dizer, eu também. Contudo, insisto, não falo de alguns, não falo das excessões, falo de um grande movimento mundial chamado Igreja.
Para este movimento minha nota continua baixa, principalmente nos dias atuais.
Primeiro porque o que as pessoas chamam de crescimento, é apenas inchasso religioso.
O que alguns gostam de verbalizar como avivamento é nada mais do que um "neopentecostalismo" roxo, que transita de forma irresponsável entre o natural e sub-natural, com as mais diferentes maracutais " evangélicas", para manterem-se no "ar".
O que alguns chamam de evangelismo, Jesus chamaria de proselitismo, e o que alguns chamam de voz profética, Jeremias declararia como um monte de mentiras, em nome de Deus - vide o " paz, paz, quando não há paz", denunciado pelo próprio.
O que alguns chamam de ação social, é apenas um meio para "ganhar" alguns mais para a numerosa relação dos novos convertidos.
Para mim a Igreja vai cumprir sua missão de verdade, de forma absolutamente simples:
- quando amar o próximo de verdade
- quando amar a Deus de verdade
O resto é política eclesiástica, é religiosidade, e para isso, eu realmente estou fora. Como diz um amigo: "religiosidade, nunca mais!" .

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