01 junho 2007

Crescimento de evangélicos é um dos destaques de novo estudo do IBGE





Ao divulgar as conclusões do estudo “Tendências Demográficas: uma análise da população com base nos resultados dos Censos Demográficos de 1940 e 2000”, dia 25/5, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), além de oferecer informações sobre sexo, idade, cor, nacionalidade, educação, nupcialidade e grupos de atividades econômicas referentes aos dois Censos, dá destaque ao crescimento do número de evangélicos, nesses 60 anos, como uma das principais transformações sociais do país no período. Num resumo das informações, no primeiro parágrafo do texto de divulgação, o IBGE inclui: “quanto à religião, nesses 60 anos, os evangélicos cresceram de 2,6% para 15,4% da população”. Veja o que diz o texto do IBGE sobre o tema religião: “O estudo mostrou uma expressiva redução de católicos apostólicos romanos de 95% para 73,6% da população no período 1940/2000. Enquanto isso, os evangélicos cresceram de 2,6% para 15,4%.

"O estudo demonstra que em 1940, o Nordeste concentrava 98,9% dos católicos do Brasil e no Censo de 2000, a região manteve-se com a maior proporção de católicos (79,9%). Em relação aos evangélicos, o Sul apresentava o maior percentual regional (8,9%), enquanto em 2000 esta liderança foi ocupada pela região Norte (19,8%). Entre os estados, Rondônia apresentou um aumento extraordinário entre os evangélicos, no período 1940/2000, chegando a 27,2% da população total. A perda de integrantes católicos no estado também impressiona: -39,8%. Piauí manteve-se como o estado com o maior percentual de católicos entre a década de 40 (99,6%) e o ano 2000 (89,8%)”.

O texto do IBGE também divulgou informações que dizem respeito ao tema família. Uma delas é que o “percentual de solteiros caiu e aumentaram as uniões consensuais. Na década de 40, mais da metade das pessoas (51,6%) com 10 anos ou mais eram solteiras, enquanto em 2000 o percentual caiu para aproximadamente um terço (38,5%) da população nesta faixa. No sentido contrário, os casados cresceram de 42,2% para 49,5% da população nesta faixa de idade, e os desquitados e divorciados de 0,2% para 4,1%”. Relatou também: “O percentual de viúvos caiu de 5,9% para 4,1% neste período. Em 1940 o estado com o maior percentual de solteiros era Amapá (62,1%), enquanto em 2000 era o Piauí (43,3%). Tanto em 1940 quanto em 2000, os homens eram maioria entre os solteiros, sendo que em 1940 a região Norte apresentava proporção significativa de homens solteiros (62,6%). Uma característica revelada pelo Censo de 2000 foi o aumento das uniões consensuais, fato não investigado em 1940. A maior proporção de casados, em 1940, estava no Sudeste (44,6%), enquanto 60 anos mais tarde, o Sul tinha a maior proporção (54,6%)”.

Segundo o Instituto, “o declínio da taxa de fecundidade e a redução da mortalidade contribuiu para o estreitamento da base da pirâmide etária brasileira, entre os Censos de 1940/2000, com redução no número de jovens e ampliação dos idosos. Enquanto o contingente de pessoas entre 0 a 14 anos decresceu, no período estudado, de 42,9% da população para 29,6%; na faixa etária de 15 a 59 anos, houve aumento de 53% para 61,8%, bem como entre os idosos (60 anos ou mais), passou de 4,1% para 8,6%. Em relação ao peso dos inativos (crianças, adolescentes e idosos) sobre o segmento populacional potencialmente ativo, no primeiro Censo abordado nesse estudo havia 88,7 inativos para cada 100 pessoas em idade ativa, enquanto em 2000, eram 61,7 inativos”.

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