NÃO SABE BRINCAR, NÃO BRINCA – ATÉ QUANDO A VIDA DO OUTRO VALE UM GOL?
Ontem, segundo a polícia Boliviana, torcedores do Corintians, lançaram um rojão, após o gol dos paulistas, que atingiu um menino de 14 anos nos olhos. O garoto não resistiu e faleceu.
Os torcedores bolivianos gritaram para os brasileiros chamando-os de assassinos. A polícia prendeu 12 suspeitos. Jogadores do clube paulista choraram, deram entrevistas emocionados, mas o que resta é que lá na altitude boliviana, uma família chora copiosamente a morte de um garoto no inicio da vida.
Honestamente perdeu a graça já há muito tempo.
No último flamengo e vasco, um torcedor vascaíno foi morto, por um outro torcedor...vascaíno. Na final do campeonato brasileiro de 2009, a torcida do flamengo protagonizou uma comemoração bizarra, com socos, paus e pontapés entre eles mesmo. Não é a primeira vez que fazem isso. Num campeonato carioca, uma torcida organizada rubro negra, parou um ônibus de uma outra torcida organizada do fla, e travaram uma briga com direito a foice que ceifou a vida de um torcedor.
E assim acontece em todos os lugares, e estádios do Brasil.
Aliás, acontece violência até no face, quando brincadeiras transformam-se em ofensas pessoais e posts ameaçadores.
As pessoas não conseguem entender que isso é só futebol? Que quando seu clube é campeão sua vida não muda em nada, e quando ele perde ou é rebaixado, nada muda também?
É difícil compreender que ao final de uma partida, devemos voltar para nossas casas para continuar da nossa vida e que ela não pode ser interrompida, porque alguns "apaixonados" por seus times, e desapaixonados pela vida, resolveram transformar em choro e dor a vida de outros?
Não quero mais brincar disso não. Vou a jogos, constantemente, mas não irei mais a estes com duas torcidas rivais.
Não vou mais por em risco a minha vida, a vida da minha família, a ponto de ser cercado por "bandidos", travestidos de torcedores.
Isso revela, claramente, o carater de quem torce. É como no trânsito, quando o camarada fecha você, dirige bêbado, ou avança um sinal vermelho, ou faz zig zagues pelas ruas da cidade, ele está apenas revelando um pouco de sua personalidade distorcida e seu caráter estragado.
Não vou brincar mais disso não.
Enquanto as pessoas acharem que torcer para um clube significa pôr a vida de outros em risco, futebol para mim vai ser na TV, ou ainda, no máximo, quando o outro lado da arquibancada estiver silenciosa e vazia.
Pr. Wellison Magalhães – 21/02/2013
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