09 outubro 2006

Entre o Médico e o Monstro

Acabei de assistir ao debate entre Lula e Alckmin. São exatamente 2h37m, como o debate aconteceu as 20 horas, na BAND, conferi o "replay" na íntegra, na BANDNEWS.
Não posso dizer que gostei, vi um presidente, em quem já votei, debochado, irônico, incapaz de responder questões sérias com objetividade.
O vi mastigar palavras soltas, irresponsavelmente falsas, sobre questoes de segurança, e principalmente a corrupção. Não quero tornar meu texto partidário, longe de mim, entretanto quando vejo o LULA LÁ, de alguns anos atrás, e comparo com o de hoje, vejo uma deformação tão grande, mas facilmente explicada: o poder.
O poder degenerou LULA, ele embasbacou-se com tantas viagens. Hoje ele não é mais líder sindical, é presidente do maior país da América Latina. Alguns poderiam perguntar: mas isso não faz dele um homem excepcional (no bom sentido)? é claro que sim, fez dele, nao sei se faz.
LULA não esqueceu o seu passado, mas percebo nitidamente que ele arrota o seu presente, com uma "arrotância", digo, arrogância, que não cabe bem ao líder de uma nação continental. Mas, fazer o quê, votei nele - e quem pariu Matheus que balance, diz o ditado.
Para mim LULA tem pouca coisa do que tinha que o credenciou a ganhar as eleições passadas, mas hoje, sei não, acho, que virou um monstrinho nas mãos de gente aproveitadora - creio que nem ele se reconhece mais, deve fazer um esforço, sentado no planalto, dizendo a si mesmo: tomara que eu volte a ser o que era, senão eu não ganho mais nada.
Do outro lado, estava o médico. Subiu o tom, nitidamente para ser mais agressivo na reta final da campanha. Provavelmente a maioria dos seus líderes estavam criticando seu jeito "xuxu" de ser.
Alckmin é médico, mas isso não pode por si só dar a ele a condição de ser presidente, teríamos que ver mais, ouvir mais, discutir mais para saber se é dele a faixa presidencial. Infelizmente os apoios partidários de Alckmin dão até enjôo.
Creio que todos nós perdemos um pouco nesta campanha presidencial. Infelizmente as opções se diminuem, mas nao podemos escapar delas, é o preço da DEMO-cracia.
E então, temos mais 20 dias para discutir, debater e escolher, entre o médico e o monstro.
Que Deus nos capacite a escolher bem entre um ou outro.
Paz e Graça
Pr.Wellison M. Paula

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