13 novembro 2006

DUAS EX-OVELHAS, EM DUAS SEMANAS

Hoje fiquei perplexo, primeiro com a morte repentina da Ana Paula, que frequentava há dois anos a minha ex-igreja a Quarta Igreja Batista em Nilópolis. Segundo, com a notícia, atrasada, do falecimento da irmã Josefa, ou Zefinha, como as irmãs carinhosamente chamavam.
Nos últimos meses, com a minha saída da igreja o contato com as duas foi cessado.
Um dia encontrei a Ana Paula, seguia apressadamente (ela tinha um andar apressado), pela rua Mário de Araújo. Pude parar e falar com ela. Já a irmã Josefa, vi apenas uma vez, depois de sair da Quarta, ela estava como fazia costumeiramente andando bem devagar, depois de comprar alguma coisa. Ela sempre estava fazendo pequenas saídas, para pequenas compras.
Senti a vida. O que ela é? O que ela significa? Talvez para muitos que a banalizem, foram mais duas pessoas que partiram para a "glória", mas não é assim. Não é e nunca será apenas isso.
Pude ir ao sepultamento da Ana Paula, abracei a Paola, uma de suas filhas, e tentei fazer o impossível, falar alguma coisa que servisse como consôlo para momento tão atormentador.
Gente chorando, sofrendo, sentindo. È não é e nunca será apenas uma questão de espera pela glória. A morte, leva a gente a pensar em tudo que a vida significa.
Gente nova como a Ana Paula, ou vivida como a irmã Zefinha, fazem falta a alguém. Fazem falta a pessoas que andaram com elas por anos a fio.
È por isso que estou convencido que nosso orgulho, nossa vaidade, nosso rancor, nossa altivez, nossos bens, nossos cursos, nossa reputação, nosso estilo, nada soma quando falamos sobre a morte.
Lá se foi a Ana Paula, e lá se foi a irmã Zefinha...daqui a pouco seremos nós, que as encontraremos, e quem sabe morreremos de rir das bobagens que levávamos a sério quando no mundo vivíamos.
PAz e graça a todos, com o consolo do alto
Pr.Wellison M. Paula

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